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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Fête de la Gastronomie, ou seja, comidaaaaa

Feira Gastronômica da Aliança Francesa

Meu povo, nesse dia eu comi comida francesa, mas comi que nem brasileira mesmo, enchi o bucho kkkkkk porque de fina eu não tenho nada, Mon Dieu!
A menina Isabela estuda na Aliança Francesa.As tarefas foram divididas entre alunos, professores, e pais.
A sala da menina (infantil)ficou com o tema, chocolat! Pense numa mãe e num pai felizes, eu e Ewerton hahaha
Chegamos cedo, e numa força-tarefa com os demais pais, e com as crianças, decoramos a sala.
Nas duas fotos de cima, marido enchendo balões e fixando o chocolate, escorrendo pela parede. Eu, na foto abaixo.
Crianças animadas!
A primeira mesa pronta. Nem fotografei a outra. Depois saímos para visitar outras salas. As crianças tiveram liberdade de criação com o tema. Licença para os brasileiríssimos brigadeiros (chocolat la mode brésilienne). Estes, de feltro, feitos por Isabela e eu.
L'exposition des pains et du vin
Musique! 
Isabela foi convidada a acompanhar Alba Maria em uma canção.
Isabela e Aixa saboreando o crêpe, originale
As salas foram divididas por regiões da França. Visitei todas, mas não dá pra colocar todas as fotos.
Normandie!
E perambulando, eu encontro a sala da birita kkkkk 
Provei umas trocentas. Quase não saio mais de lá rs
Esqueci de te contar. A minha sogra também estuda na Aliança. Aí embaixo, ela só sorrisos com o professor dela. E eu, com a professora da Isabela.
Outras salas
Recettes
E na manhã seguinte, café da manhã com viennoise e madeleines, comprados na Feira. Porque gente esfomeada tem que trazer o inimigo pra dentro de casa?!rs

Gostou?!
A Isabela me explicou, que algumas receitas passaram por adaptações. Ou por falta de ingredientes originais, ou para aproximar do paladar brasileiro. Bem que eu estava desconfiada de tanta doçura hahaha
Os franceses, magros daquele jeito... decerto não alimentam as lombrigas, como eu! Povo misica kkkkkkkk

Tchau!

domingo, 14 de setembro de 2014

As mães e a dor do crescimento

Quando o menino Guiga era pequeno, por volta de 5 até 7 anos, teve muito as tais dores de crescimento. No início nos desesperávamos, mas depois que os médicos esclareceram as causas naturais do fenômeno, relaxamos. Foram longas e intermináveis noites insones, caminhando com o menino ao redor da casa. Único jeito de abrandá-las. Aprendi que crescer causava dor física.
Eu já sabia que crescer doía na alma. Fui uma criança controlável, e uma adolescente 'bandeirante'. Desbravando meus caminhos de forma tortuosa. Sofri com as más línguas das santas mulheres do lugar aonde nasci. Depois continuei crescendo, e dói. Quebrar paradigmas, mitos, tabus, é comigo mesma!

Daí vejo os meus filhos fazendo isso, e me assusto! O que está acontecendo? Virei uma 'santa' senhora, esquecendo quantos desertos atravessei para me firmar como sujeito? 
Não, é que agora eu sou mãe!
Tenho 3 filhos maravilhosos, com personalidades diferentes, e fortes. A mais forte habita a pequena (quase ex) Isabela. Fez 11 anos mês passado.

Quando refiro-me a ela como uma menina estranha, a Zizi pira rsrs
Amiga Zizi, gosto que ela seja assim. Uma cabecinha que voa, alma de artista, só pensa em cinema, livros, música, teatro. Desenha muito bem, escreve muito, tem uma banda de rock com os amigos, estuda francês, piano, e sonha... como sonha...


Esta semana disparou: "mãe e pai, quero cortar  meu cabelo bem curtinho". Mostrou imagens da internet com modelos de cabelos. Só adultas, nenhuma criança. Fiz uma breve pesquisa, e constatei que meninas/crianças não usam cabelos tão curtos assim. Questionei: 'menina, não vejo uma garota com o cabelo assim?" A resposta veio como um tiro:'e daí, porque eu tenho que ser igual as outras?"
E eu continuo: "se ficar feio, se tuas amigas da escola criticarem..."
A menina: "eu não me interesso pelo que elas vão achar"
e eu: "mas menina..."
Ela: "mãe! cabelo cresce! e um monte de gente que não tem cabelo por aí?"

Cedemos, o pai e eu.
Levo a menina ao salão. A menina 'puxa' os sonhos da internet. Os funcionários do salão em coro: "Nãaao! teu cabelo é lindo! Meninas não usam cabelo assim, tão curtinho!"
A menina vira pra mim e diz: "eles pensam que eu gosto de meninas"
Eu emendei: "e tu não te importas?"
Ela rindo bem danadinha: "mãe, se eu for ligar pro que eles pensam, eu não estava aqui." Fico com os olhos marejados de orgulho.

Resultado. O cabeleireiro num gesto de apego cortou, mas não muito. A mulherada do salão em cumplicidade comigo, exclamou que estava lindo!
No íntimo eu sabia que a história não havia acabado ali.
A menina veio feliz pra casa, achou realmente bem bonito, mas no outro dia pela manhã acordou reclamando: "mãe, esse cabelo ficou arrumadinho demais, eu queria algo mais doidinho, desalinhado, bagunçado mesmo, quem sabe posso cortar  mais, ou pintar de azul, verde..."

Ai ai ai... tu estás entendendo de qual dor eu falo? 

Espia o processo da pendenga, e daqui uns dias venho te contar o fim da história, que com certeza ainda não acabou.



O cabelo cortado será doado para o Projeto ORVAM, ONG criada pelos ribeirinhos vítimas de acidentes com motor. Mas este é um assunto para outra postagem.
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