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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aos que fazem a diferença!


Trouxe essa linda imagem, que surrupiei do sweet nothings  para oferecer a vocês, pessoas lindas, que demonstraram tanto carinho no meu último post, e que dividiram também suas histórias de perda comigo.
É uma linda mesa montadinha no jardim, provavelmente para um encontro com amigos, ou mesmo parentes. Eu prefiro imaginar que estou aí reunida com vocês.
Esse tipo de coisa, eu gostaria demais de vivenciar. Porém aqui em casa, ainda não tenho o meu tão sonhado jardinzinho. E se o tivesse, aqui no norte talvez eu não conseguisse fazer isso. O calor é da vaca botar o leite em pó.
Ofereço também à querida Fernanda Reali, pelo seu desprendimento em saber usar o poder aglutinador que lhe é próprio, para vitaminar o meu blog e de outras queridas. Aliás, a Fer é uma embaixatriz da blogosfera. Temos as divas, as musas inspiradoras, as diplomatas, artesãs, mães, curiosas, sem-estilo (eu), sem noção, as tímidas, etc. Viu minha gente! Somos blogueiras que se ajudam, se admiram, se respeitam. Há as exceções, porque somos humanas e passíveis de falhas, mas a maioria são pessoas que fazem a diferença. Pelo menos, na minha vida já fizeram.

Achei um texto bacana que deixarei para polêmica reflexão:

"Conta-se que após um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.

Depois de tentar, educadamente, por várias vezes, conseguir a atenção dos alunos para a aula, o professor perdeu a paciência e disse: "prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez".

Um silêncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou.

"Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma.

Em todos esses anos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferença no futuro.

Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.

O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo.

Se vocês prestarem atenção notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença.

De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, 5 são verdadeiros amigos, fraternos e de absoluta confiança.

E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.

É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora.

Assim, então, teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo, sabendo ter investido nos melhores.

Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.

Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.

Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje".

O silêncio se instalou na sala e o nível de atenção foi total.

Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do "resto", e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferença.

Mas, como bem lembrou o sábio professor, só o tempo dirá a que grupo cada um pertencerá. Só a atuação diária de cada pessoa a classificará, de fato, num ou noutro grupo.

Pense nisso!

Se você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença,. procure ser especial em tudo o que faz

Desde um simples bilhete que escreve, às coisas mais importantes, faça com excelência.

Seja fazendo uma faxina, atendendo um cliente, cuidando de uma criança ou de um idoso, limpando um jardim ou fazendo uma cirurgia, seja especial.

Para ser alguém que faz a diferença, não importa o que você faz, mas como faz.

Ou você faz tudo da melhor forma possível, ou fará parte do "resto".

Pense nisso e seja alguém que faz a diferença...

Alguém que, com sua ação, torna a vida das pessoas melhor.
 

Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria do Frei Aldo Colombo"

Que todos tenham um fim de semana proveitoso e gostoso!!! bjs

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Terrível não é morrer, é deixar de viver. É um desaforo ter de deixar essa vida! (Mário Quintana)

Penso que o luto tenha realmente fases. Só não sei se são fases tão sistemáticas, como as da lua. No caso da perda, falam em 5: raiva, negação, negociação, culpa e aceitação.
Hoje faz um ano que perdi uma sobrinha. Faleceu aos 26 anos de idade. Bióloga, bailarina, inteligente, bonita, socialmente responsável, envolvida com a dor alheia, bem sucedida profissionalmente, casada e plenamente feliz. Ela era assim, plena em tudo e muito determinada.
Ramony, antes de uma apresentação do balé
O processo do luto, a mim pelo menos, não se deu tão organizado, ficava oscilando. Primeiro neguei. Depois, inevitavelmente, veio a raiva e os questionamentos infindáveis: ‘porque ela?’ tão jovem... sempre fora saudável? e a quantidade de orações, de todas as religiões, todas as crenças, pedindo pela sua cura?
Sete meses depois do seu falecimento, a família caminhando rumo à aceitação (não é esquecer), e seu marido, Rafael, também se foi. As circunstâncias foram parecidas, desde a enfermidade até o desfecho: talvez uma superbactéria, que não foi isolada e nem identificada, não entrando para as estatísticas.
Ramony e Rafael, juntos por toda a eternidade
Alguns dias após a morte dela, eu estava bordando e divagando nas lembranças quando comecei a chorar compulsivamente. No entanto, como num transe, peguei a caneta e o caderninho (onde somo e divido o número de pontinhos do gráfico) e escrevi sob inspiração (dizem que os trabalhos manuais, as artes em geral tem esse poder):

Ramony foi embora num domingo...
A morte é assim, nos espreita, nos sonda
Chegou devagar...ninguém percebeu a morte a flerta-la.
Ela foi perdendo o brilho, e ninguém suspeitava,
Persuadiram-na a dormir...e ela aceitou.
Um sono profundo e longo...
A morte começou a brincar conosco:
“Ramony melhorou, Ramony piorou”
E ela dormia.
Ramony e a morte ficaram muito próximas, muito íntimas.
Ramony sucumbiu, foi conquistada.
Como?!
Intensa... Ramony era intensa
Nasceu para ser notada, admirada
Era contestadora, justa, sábia, lutadora!
Não faria uma concessão dessas!
Mas como num acordo, a morte a convenceu e ela cedeu.
No entanto protestou: contanto que seja dormindo!


O meu inconformismo inicial passava pelo fato de ela ter ido andando à UTI, se despediu do marido e da irmã, aceitando o coma induzido para a melhor eficácia do tratamento.


Aproveito para compartilhar com vocês, as fases do luto. Afinal, luto não se restringe à morte, e sim às muitas perdas que fazem parte da dinâmica do ser-e-vir-a-ser da vida.

FASES DO LUTO por Elisabeth Kluber-Ross:


1. Negação -  é uma reação de resistência ao choque e à profunda dor. A pessoa se sente atordoada ou emocionalmente adormecida, o discurso baseia-se em “não, eu não merecia isso”, “porque isto aconteceu?” ou “porque eu não evitei?” “Isto não pode estar acontecendo”.  É o início do luto, apego ao que se perdeu e uma tentativa de manter consigo, algumas vezes chega até ver ou ouvir a pessoa perdida. Aqui muitas coisas perdem o sentido, e até as tarefas mais simples são difíceis demais de serem realizadas. É a fase de maior sofrimento.
2. Raiva - acontece a reação, normalmente de revolta: “Como pode Deus (ou a vida, ou o destino) fazer isto comigo?”. Acontece um período de grande agitação e ansiedade pelo que foi perdido. Quem sofre não consegue relaxar ou concentrar-se e o sono é alterado, com possíveis noites insones e o corpo está de prontidão para se defender de qualquer outra possível decepção.  Nesse estágio, a raiva pode se voltar tanto para uma entidade superior como também contra qualquer pessoa pelo ocorrido, incluindo a si mesma, médicos e enfermeiros, amigos e familiares que não foram úteis, ou mesmo contra a pessoa(coisa) que perdeu.
3. Barganha – começa uma tentativa desesperada de negociação com a emoção ou com quem acha ser o culpado: “prometo ser uma pessoa melhor se ele voltar”,  “subirei as escadas da igreja de joelho”, “preciso de mais tempo para mudar”, “em outro hospital terei novo diagnóstico”.
Outro sentimento comum é a culpa: pensar em tudo que não foi feito ou dito e que poderia evitar. Simplesmente quem sofre não aceita que a perda está acima de qualquer controle. A culpa pode surgir inclusive, depois de sentir alívio pela morte de alguém que sabia sofrer, porque esse é o sentimento que serve como “culpado” nessa fase.
4. Depressão - “Não consigo passar por isto”, “minha família não merece sofrer assim”.  O foco principal são as datas comemorativas (aniversário, ano novo etc.), povoadas de fortes lembranças provocando crises de choro, momentos depressivos, e o estado de agitação referido na fase da raiva e barganha é geralmente seguido de períodos de grande tristeza, isolamento e silêncio.  Esta mudança súbita de emoções costuma preocupar as pessoas próximas, mas é um estágio essencial para a resolução do luto, pois o enlutado faz uma análise mais franca em tudo que aconteceu e escolhe enfrentar o fato para recomeçar a sua vida.
5. Aceitação - “Ok, não terei de volta, não há sentido em continuar nessa luta”.  Com o tempo, as fases são ultrapassadas gradativamente. A depressão chega ao fim e a mente busca novos assuntos. O sentimento de perda nunca desaparecerá por completo, mas sim administrado de forma que seja possível continuar, seguir em frente. A saudade é mais bem administrada, e o sobrevivente sabe que não terá o passado de volta, cabendo-lhe apenas retomar sua vida.


Desculpem o ‘postão’, uma excelente semana pra todos, bjs!


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